quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Esta matéria é para o Luciano Huck

Será que ele vai disser que o presidente também não sabia disso?

Com colaboração de Claudia interesse e Kemel imagem




A Secretaria de Segurança Pública do Pará deverá fazer nos próximos dias uma megaoperação em Paragominas e municípios do sudeste paraense para coibir a ação do crime organizado que se instalou na região. A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) investiga na área a atuação de quadrilhas que estão roubando carga, gado, carros, invadindo fazendas e atuando como grupos de extermínio. A polícia também investiga a participação de empresários, políticos e até mesmo de um advogado, que faria o contato com os criminosos. Desde o início do ano, pelo menos nove assassinatos em série foram registrados em Paragominas. Os homicídios começaram a ocorrer após uma tentativa de assassinato contra o empresário Menandro de Sousa Freire, alvejado por quatro tiros na cidade de Itinga, no Estado do Maranhão. O empresário escapou milagrosamente do atentado. Apontado como um dos chefes do esquema das 'notas frias', descoberto pelo Ibama e pela Polícia Federal e que culminou nas Operações 'Ouro Verde I e II', que prendeu vários suspeitos em municípios do Pará, Menandro Freire se entregou à PF em Belém, onde permanece preso. A polícia civil, no entanto, não confirma a ligação entre assassinatos com o esquema de notas frias. 'Nós estamos trabalhando com várias linhas de investigação. Não descartamos nenhuma possibilidade', disse Silvio Maués, delegado-superintendente da zona guajarina. CORPOS No último final de semana, dois corpos foram encontrados às margens da BR-010, na entrada de Paragominas. O delegado Magno Costa acionou o Instituto Médico Legal (IML) de Castanhal para fazer a remoção dos cadáveres. Em conversa com a reportagem de O LIBERAL, Magno disse acreditar que os corpos foram apenas 'desovados' na estrada. Um dia antes uma equipe de policiais, sob o comando do delegado Fábio de Castro, encontrou uma ossada humana dentro de uma fazenda, situada nos arredores do município de Dom Eliseu. No crânio do esqueleto havia uma perfuração, possivelmente provocada por arma de fogo. Episódios como esse causam temor e sensação de insegurança em toda a população que habita o sudeste paraense. Caso semelhante aconteceu em Ipixuna do Pará, em 2003, quando uma quadrilha de ladrões de gado e madeira, formada por mais de 20 integrantes, invadiu a fazenda Grotão e promoveu um verdadeiro 'circo dos horrores no local'. Depois de espancar impiedosamente várias pessoas que estavam na fazenda, o líder do bando, conhecido como 'Nego Vil', arrastou um vaqueiro por aproximadamente cinco quilômetros, da sede até a beira de um igarapé, onde, utilizando-se de uma motosserra, esquartejou o corpo em vários pedaços, jogados no rio. Neste crime, as polícias civil e militar conseguiram reprimir a ação do grupo armado. Dias depois da invasão, os policiais cercaram a fazenda e conseguiram prender integrantes do bando. Um dos envolvidos mostrou a localização onde os pedaços do corpo do vaqueiro foram jogados.

O Liberal, Belém

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