quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Três adolescentes são encontradas mortas na Cidade Ocidental


Três adolescentes de uma mesma escola foram assassinadas em menos de uma semana, na Cidade Ocidental (GO), distante 42 km de Brasília. Raiane Maia Moreira, de 17 anos, e Natália Oliveira da Silva, 14, estavam abraçadas, às 11h de ontem, quando foram encontradas às margens de um córrego próximo a uma estação de tratamento de esgoto da empresa de Saneamento de Goiás (Saneago), no bairro Ocidental Parque. De acordo com a polícia, há indícios de abuso sexual. Elas morreram com um tiro na nuca, cada. Para a polícia, trata-se de execução. Outro caso semelhante ocorreu na quarta-feira passada. Há uma semana, o corpo de Natália Cristina Façanha, 19 anos, foi encontrado em um matagal depois dela passar pelo menos dois dias agonizando por causa de uma pancada na cabeça. Debilitada e com um grande ferimento na cabeça, ela não conseguia se mexer durante o período em que esteve no mato. A jovem foi levada com vida para o Hospital Regional do Gama, mas morreu um dia depois, vítima de traumatismo craniano. Por causa da semelhança, a polícia não descarta a hipótese de que os crimes estejam relacionados. Até o fechamento desta edição ninguém havia sido preso. O dia anterior Amigas de escola, Raiane e Natália Oliveira costumavam se encontrar nos fins de tarde. “A Natália pediu para ir à casa da amiga. Eu disse que não, mas ela não obedeceu”, explica o pai da adolescente de 14 anos, Maurizo de Oliveira Soares, 41 anos. Depois, no início da noite, as duas colegas foram a um cybercafé. Às 21h30, um familiar de uma das garotas as viu na praça central da cidade. Preocupada com a demora da filha, a mãe de Raiane resolveu ligar para o celular de Natália, já que a filha não havia levado o aparelho. Quando o telefone atendeu, logo foi desligado. Isso fez com que a mãe da garota ficasse desesperada. Com receio de que algo poderia ter acontecido com as meninas, as famílias começaram a procurá-las. O pai de Natália chegou a entrar em alguns matagais da cidade em busca da filha. O pai de Raiane, Raimundo Sampaio Moreira, 47 anos, reclama da falta de policiamento na região. “Ontem, quando estava procurando minha filha, não encontrei um carro da PM na cidade inteira. Aqui, o cidadão fica à mercê dos bandidos”, revolta-se.


Correio Web, Distrito Federal